31 março 2010
30 março 2010
28 março 2010
Um filme de guerra "reivindicativo" [30 MAR 2010]
[Notícia-TAGV]
Sinopse
"O Milagre em Sant’ Anna” retrata o quotidiano de quatro soldados negros da 92ª Divisão de Infantaria americana – encurralada perto duma vila na Toscana, durante a campanha italiana na Segunda Guerra Mundial – depois de um deles ter arriscado a vida para salvar um menino italiano.
Preçário_Normal_ 5,00€ /Estudante e sénior_ 4,00€
"O défice de representação da população negra na iconografia americana, especialmente no cinema, é uma preocupação antiga de Spike Lee. Já a exprimiu em diversas ocasiões - recordem-se as picardias com Woody Allen e Clint Eastwood - e é um assunto que cruza a generalidade dos seus filmes, e nalguns casos os explica. Isso talvez nunca tenha sido tão verdade como com "O Milagre em Sant''Anna", filme feito em resposta directa à sub-representação (ou à omissão) dos negros americanos nas efabulações cinematográficas em torno da II Guerra Mundial. Um filme de guerra "reivindicativo", se quisermos, "blaxploitation" sem "xploitation" porque Spike Lee não aponta à margem, aponta ao centro. E o centro é o cinema clássico, e é, quem mais podia ser? John Wayne. Se vemos John Wayne a visitar um filme de Spike Lee podemos estar certos que é uma visita política e que Wayne aparece, antes de mais nada, como símbolo ideológico. É o prólogo de "O Milagre em Sant'’Anna": um homem negro, que viremos depois a reconhecer como um ex-soldado protagonista desta história, sentado em casa a ver John Wayne a ganhar a guerra no "Dia Mais Longo", e depois um berro de indignação, qualquer coisa como "esta guerra foi nossa também!". (…)
Luís Miguel Oliveira, Público
O MILAGRE EM SANT'ANNA de Spike Lee
[EUA, Itália, 2008, 160’, M/12]
30 de Março, Terça, 21h30
[EUA, Itália, 2008, 160’, M/12]
30 de Março, Terça, 21h30
Com: Derek Luke, Michael Ealy, Laz Alonso, John Turturro, Joseph Gordon-Levitt, John Leguizamo, Kerry Washington, Alexandra Maria Lara, John Hawkes
Sinopse
"O Milagre em Sant’ Anna” retrata o quotidiano de quatro soldados negros da 92ª Divisão de Infantaria americana – encurralada perto duma vila na Toscana, durante a campanha italiana na Segunda Guerra Mundial – depois de um deles ter arriscado a vida para salvar um menino italiano.
Preçário_Normal_ 5,00€ /Estudante e sénior_ 4,00€
"O défice de representação da população negra na iconografia americana, especialmente no cinema, é uma preocupação antiga de Spike Lee. Já a exprimiu em diversas ocasiões - recordem-se as picardias com Woody Allen e Clint Eastwood - e é um assunto que cruza a generalidade dos seus filmes, e nalguns casos os explica. Isso talvez nunca tenha sido tão verdade como com "O Milagre em Sant''Anna", filme feito em resposta directa à sub-representação (ou à omissão) dos negros americanos nas efabulações cinematográficas em torno da II Guerra Mundial. Um filme de guerra "reivindicativo", se quisermos, "blaxploitation" sem "xploitation" porque Spike Lee não aponta à margem, aponta ao centro. E o centro é o cinema clássico, e é, quem mais podia ser? John Wayne. Se vemos John Wayne a visitar um filme de Spike Lee podemos estar certos que é uma visita política e que Wayne aparece, antes de mais nada, como símbolo ideológico. É o prólogo de "O Milagre em Sant'’Anna": um homem negro, que viremos depois a reconhecer como um ex-soldado protagonista desta história, sentado em casa a ver John Wayne a ganhar a guerra no "Dia Mais Longo", e depois um berro de indignação, qualquer coisa como "esta guerra foi nossa também!". (…)
Luís Miguel Oliveira, Público
27 março 2010
Mensagem do Dia Mundial do Teatro [27 MAR 2010]
[Notícia-TAGV]
Este ano, a actriz britânica Judi Dench é a autora da mensagem de comemoração do Dia Mundial do Teatro, criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro.
Mensagem do Dia Mundial de Teatro
27 de Março de 2010
O Dia Mundial do Teatro é uma oportunidade para celebrar o Teatro em todas as suas múltiplas formas. O Teatro é uma fonte de divertimento e inspiração e tem a capacidade de unificar as muitas e diversas culturas, e povos, que existem por este mundo. Mas o teatro é mais do que isso, e oferece também oportunidades de educar e informar.
Em todo o mundo o Teatro é cultivado e não apenas em formas teatrais tradicionais. Os espectáculos podem acontecer numa pequena aldeia em África, numa montanha da Arménia, numa ilha minúscula do Pacífico. Apenas necessita de um espaço e de um público. O Teatro tem a capacidade de nos fazer sorrir ou chorar, mas deverá também fazer-nos pensar e reflectir.
O Teatro é obra de uma equipa. Os actores são os elementos visíveis, mas existe um enorme conjunto de pessoas que não se vêem. São tão importantes como os actores e suas capacidades diversas e especificas tornam possível a realização de qualquer produção. Também eles devem participar dos triunfos e sucessos que possam vir a ocorrer.
O dia 27 de Março sempre tem sido o Dia Mundial do Teatro oficial. Todos os dias deveriam ser considerados dia de teatro, em muitos aspectos. Nós temos a responsabilidade de continuar a tradição de divertir, educar e esclarecer o nosso público, sem o qual não poderíamos existir.
Judi Dench
Este ano, a actriz britânica Judi Dench é a autora da mensagem de comemoração do Dia Mundial do Teatro, criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro.
Mensagem do Dia Mundial de Teatro
27 de Março de 2010
O Dia Mundial do Teatro é uma oportunidade para celebrar o Teatro em todas as suas múltiplas formas. O Teatro é uma fonte de divertimento e inspiração e tem a capacidade de unificar as muitas e diversas culturas, e povos, que existem por este mundo. Mas o teatro é mais do que isso, e oferece também oportunidades de educar e informar.
Em todo o mundo o Teatro é cultivado e não apenas em formas teatrais tradicionais. Os espectáculos podem acontecer numa pequena aldeia em África, numa montanha da Arménia, numa ilha minúscula do Pacífico. Apenas necessita de um espaço e de um público. O Teatro tem a capacidade de nos fazer sorrir ou chorar, mas deverá também fazer-nos pensar e reflectir.
O Teatro é obra de uma equipa. Os actores são os elementos visíveis, mas existe um enorme conjunto de pessoas que não se vêem. São tão importantes como os actores e suas capacidades diversas e especificas tornam possível a realização de qualquer produção. Também eles devem participar dos triunfos e sucessos que possam vir a ocorrer.
O dia 27 de Março sempre tem sido o Dia Mundial do Teatro oficial. Todos os dias deveriam ser considerados dia de teatro, em muitos aspectos. Nós temos a responsabilidade de continuar a tradição de divertir, educar e esclarecer o nosso público, sem o qual não poderíamos existir.
Judi Dench
26 março 2010
Uma experiência cinematográfica completa [29 MAR 2010]
[Notícia-TAGV]
Com: Vincent Gallo, Klaus Brandauer, Maribel Verdú, Klaus Maria Brandauer, Carmen Maura
Sinopse
Parte de um encontro de irmãos: o Tetro do título e o jovem Bennie, que tem apenas 17 anos e não vê o irmão mais velho há dez. Uma família desmembrada e afastada por conflitos que ficaram por resolver. A chegada de Bennie só vai antecipar o inevitável: os fantasmas vão voltar à superfície.
Preçário_Normal_ 5,00€ /Estudante e sénior_ 4,00€
"Quase todo o filme é a preto e branco, o que por si só já dá uma carga pesada e densa a toda a trama. O espectador está conectado com um ambiente cinzento e está sempre à espera de assistir a alguma cena mais intensa. Ficamos programados para a tragédia desde o início até que a cena seguinte supera a anterior e assim sucessivamente num crescendo. É aí que reside uma grande mais-valia do filme. A capacidade de nos surpreender a cada cena que passa, de nos manter presos ao ecran durante duas horas e desejar que o filme não termine nunca, graças à complexidade da história e a riqueza dos personagens. “Tetro” torna-se uma experiência completa." (...)
Bruno Reis, www.ruadebaixo.com
TETRO de Francis Ford Coppola
[EUA, Itália, Espanha, Argentina, 2009, 127’, M/12Q]
29 de Março, Segunda, 21h30
[EUA, Itália, Espanha, Argentina, 2009, 127’, M/12Q]
29 de Março, Segunda, 21h30
Com: Vincent Gallo, Klaus Brandauer, Maribel Verdú, Klaus Maria Brandauer, Carmen Maura
Sinopse
Parte de um encontro de irmãos: o Tetro do título e o jovem Bennie, que tem apenas 17 anos e não vê o irmão mais velho há dez. Uma família desmembrada e afastada por conflitos que ficaram por resolver. A chegada de Bennie só vai antecipar o inevitável: os fantasmas vão voltar à superfície.
Preçário_Normal_ 5,00€ /Estudante e sénior_ 4,00€
"Quase todo o filme é a preto e branco, o que por si só já dá uma carga pesada e densa a toda a trama. O espectador está conectado com um ambiente cinzento e está sempre à espera de assistir a alguma cena mais intensa. Ficamos programados para a tragédia desde o início até que a cena seguinte supera a anterior e assim sucessivamente num crescendo. É aí que reside uma grande mais-valia do filme. A capacidade de nos surpreender a cada cena que passa, de nos manter presos ao ecran durante duas horas e desejar que o filme não termine nunca, graças à complexidade da história e a riqueza dos personagens. “Tetro” torna-se uma experiência completa." (...)
Bruno Reis, www.ruadebaixo.com
23 março 2010
Nouvelle Vague [25 MAR 10]
[Notícia-TAGV]
Nouvelle Vague no TAGV
25 de Março de 2010, 21h30
A LOTAÇÃO DESTE ESPECTÁCULO ESTÁ ESGOTADA
Os Nouvelle Vague são uma banda muito acarinhada pelo público Português, como se pode comprovar no DVD “Aula Magna” editado em 2008 pela New Sound Dimensions/Symbiose, e, por todos os concertos que a banda tem dado ao longo dos últimos quatro anos no nosso país.
Marc Collin e Olivier Libaux, decidiram por em prática o conceito de “Acoustic live band” em Fevereiro de 2009. Numa digresão por cinco teatros em Portugal, o resultado final foi uma agradável surpresa com todas as datas esgotadas e a gravação de um cd intitulado “Acoustic”. Composto por dezoito temas e um booklet de 24 páginas repleto de fotografias, este trabalho constitui uma peça única, uma peça de colecção pelo facto de ter edição apenas em Portugal.
Contrariamente aquilo que se possa pensar, este formato intimista, concede às músicas interpretadas por Melanie Pain e Gerald Glombard um toque muito especial e uma nova roupagem, bem diferente dos discos de estúdio editados pela banda.
Desta forma, criaram indubitavelmente uma nova perspectiva sonora para temas como: “Love Will Tear US Apart”, “Too Drunk To Fuck”, “The Killing Moon”, “A Forest” e o inédito “Relax” entre muitos outros.
Produção PRODUTORES ASSOCIADOS
Preçário Preço único_ 22,00€
Nouvelle Vague no TAGV
25 de Março de 2010, 21h30
A LOTAÇÃO DESTE ESPECTÁCULO ESTÁ ESGOTADA
Os Nouvelle Vague são uma banda muito acarinhada pelo público Português, como se pode comprovar no DVD “Aula Magna” editado em 2008 pela New Sound Dimensions/Symbiose, e, por todos os concertos que a banda tem dado ao longo dos últimos quatro anos no nosso país.
Marc Collin e Olivier Libaux, decidiram por em prática o conceito de “Acoustic live band” em Fevereiro de 2009. Numa digresão por cinco teatros em Portugal, o resultado final foi uma agradável surpresa com todas as datas esgotadas e a gravação de um cd intitulado “Acoustic”. Composto por dezoito temas e um booklet de 24 páginas repleto de fotografias, este trabalho constitui uma peça única, uma peça de colecção pelo facto de ter edição apenas em Portugal.
Contrariamente aquilo que se possa pensar, este formato intimista, concede às músicas interpretadas por Melanie Pain e Gerald Glombard um toque muito especial e uma nova roupagem, bem diferente dos discos de estúdio editados pela banda.
Desta forma, criaram indubitavelmente uma nova perspectiva sonora para temas como: “Love Will Tear US Apart”, “Too Drunk To Fuck”, “The Killing Moon”, “A Forest” e o inédito “Relax” entre muitos outros.
Produção PRODUTORES ASSOCIADOS
Preçário Preço único_ 22,00€
22 março 2010
"Carmen" de Bizet pela Ópera Nacional da Moldávia
[Notícia-TAGV]
“Carmen” de Bizet pela Ópera Nacional da Moldávia
TAGV, 23 de Março de 2010, 21h30
A Ópera "Carmen" de Bizet chega a Coimbra a 23 de Março de 2010, através de uma super-produção da Ópera Nacional da Moldávia. Tratando-se de uma obra intensamente romântica e bastante conhecida, tem uma extraordinária popularidade em todo o mundo, pelos ingredientes que a compõem e muito especialmente pela sua originalidade no tratamento do tema.
Com uma pulsação sentimental acentuada, envolta em amor, paixão, sedução e traição, as suas personagens desenvolvem-se de forma a cativar o público desde as primeiras notas atingindo um culminar de sensualidade. O contraste das duas personagens femininas, Carmen e Micaela, estabelece o centro duma acção dramática e violenta. Localizada em Sevilha e arredores, a história está repleta de belos momentos como a Taverna de Lilias Pastia, as montanhas, locais sombrios e agoirentos, ou a praça de toiros de Sevilha onde se dá o desfecho dramático da obra.
Inaugurado no ano de 1956, com a Ópera “Grozovan” de G. Gershfeld, uma obra que revive episódios históricos do povo da Moldávia, o Teatro Nacional de Ópera da República da Moldávia é o orgulho da Cultura Musical da Moldávia.
A Ópera Nacional da Moldávia realiza digressões anualmente pela Europa, Ásia e América, apresentando obras-primas do repertório operístico como “Evgheny Oneghin”, “Boris Gudonov”, “Madame Butterfly”, “Aida”, “La Traviata” , “Carmen”, “Rigoletto”, “Otello”, “Tosca” e “Princípe Igor”.
Preço único_ 30,00€
“Carmen” de Bizet pela Ópera Nacional da Moldávia
TAGV, 23 de Março de 2010, 21h30
A Ópera "Carmen" de Bizet chega a Coimbra a 23 de Março de 2010, através de uma super-produção da Ópera Nacional da Moldávia. Tratando-se de uma obra intensamente romântica e bastante conhecida, tem uma extraordinária popularidade em todo o mundo, pelos ingredientes que a compõem e muito especialmente pela sua originalidade no tratamento do tema.
Com uma pulsação sentimental acentuada, envolta em amor, paixão, sedução e traição, as suas personagens desenvolvem-se de forma a cativar o público desde as primeiras notas atingindo um culminar de sensualidade. O contraste das duas personagens femininas, Carmen e Micaela, estabelece o centro duma acção dramática e violenta. Localizada em Sevilha e arredores, a história está repleta de belos momentos como a Taverna de Lilias Pastia, as montanhas, locais sombrios e agoirentos, ou a praça de toiros de Sevilha onde se dá o desfecho dramático da obra.
Inaugurado no ano de 1956, com a Ópera “Grozovan” de G. Gershfeld, uma obra que revive episódios históricos do povo da Moldávia, o Teatro Nacional de Ópera da República da Moldávia é o orgulho da Cultura Musical da Moldávia.
A Ópera Nacional da Moldávia realiza digressões anualmente pela Europa, Ásia e América, apresentando obras-primas do repertório operístico como “Evgheny Oneghin”, “Boris Gudonov”, “Madame Butterfly”, “Aida”, “La Traviata” , “Carmen”, “Rigoletto”, “Otello”, “Tosca” e “Princípe Igor”.
Preço único_ 30,00€
19 março 2010
Para além da metáfora "social" [Cinema_22 MAR 10]
[Notícia-TAGV]
Sinopse
Verónica vai ao volante do seu carro quando num momento de distracção sente que atropela qualquer coisa. Nos dias seguintes sente-se a desaparecer, sente-se estranha às coisas e às pessoas que a rodeiam. Confessa então ao marido que se calhar atropelou alguém. Decide então regressar ao local do acidente, mas só descobre o cadáver de um cão. No entanto, quando a sua vida parece regressar à normalidade, um cadáver é descoberto...
Preçário_Normal_ 5,00€ /Estudante e sénior_ 4,00€
Não é um filme de terror série B sobre uma mulher que é decapitada mas continua viva. Nem é uma comédia ligeira sobre uma mulher tonta que só faz disparates. "A Mulher Sem Cabeça", terceira longa-metragem da argentina Lucrecia Martel ("A Menina Santa"), é a história de Verónica (Maria Onetto), uma mulher da burguesia de uma cidade do interior da Argentina, que vai a guiar o seu carro, distrai-se e pensa ter batido em algo ou alguém, uma criança ou um animal, não se sabe, nem o filme no-lo diz.
A partir deste incidente, a realizadora passa o filme como que para dentro da cabeça de Verónica. Entre esta e o mundo passa a existir uma leve dessincronização, uma membrana praticamente imperceptível que os separa, uma disjunção que é apenas sentida por ela, e não por qualquer um dos membros da sua família, dos vizinhos, dos amigos, dos empregados ou da gente mais humilde da cidade (a fita foi mais uma vez rodada na zona natal da realizadora, Salta, como é hábito desta).
Será simplista, redutor e não fará jus nem ao talento nem às intenções de Lucrecia Martel, reduzir "A Mulher Sem Cabeça" a uma mera metáfora “social” (a burguesa que ficou insensível aos que lhe são inferiores, e é protegida pelos seus iguais das consequências de um possível atropelamento mortal). Digamos antes que este é um subtil, mesmerizante e notável filme “interior”, até ao final em consequente ponto de interrogação.
Sérgio Abranches, Time Out
A MULHER SEM CABEÇA de Lucrecia Martel
[ARG/ESP/FRA/ITA, 2008, 87’, M/12]
Segunda, 22 de Março de 2010, 21h30
[ARG/ESP/FRA/ITA, 2008, 87’, M/12]
Segunda, 22 de Março de 2010, 21h30
Sinopse
Verónica vai ao volante do seu carro quando num momento de distracção sente que atropela qualquer coisa. Nos dias seguintes sente-se a desaparecer, sente-se estranha às coisas e às pessoas que a rodeiam. Confessa então ao marido que se calhar atropelou alguém. Decide então regressar ao local do acidente, mas só descobre o cadáver de um cão. No entanto, quando a sua vida parece regressar à normalidade, um cadáver é descoberto...
Preçário_Normal_ 5,00€ /Estudante e sénior_ 4,00€
Não é um filme de terror série B sobre uma mulher que é decapitada mas continua viva. Nem é uma comédia ligeira sobre uma mulher tonta que só faz disparates. "A Mulher Sem Cabeça", terceira longa-metragem da argentina Lucrecia Martel ("A Menina Santa"), é a história de Verónica (Maria Onetto), uma mulher da burguesia de uma cidade do interior da Argentina, que vai a guiar o seu carro, distrai-se e pensa ter batido em algo ou alguém, uma criança ou um animal, não se sabe, nem o filme no-lo diz.
A partir deste incidente, a realizadora passa o filme como que para dentro da cabeça de Verónica. Entre esta e o mundo passa a existir uma leve dessincronização, uma membrana praticamente imperceptível que os separa, uma disjunção que é apenas sentida por ela, e não por qualquer um dos membros da sua família, dos vizinhos, dos amigos, dos empregados ou da gente mais humilde da cidade (a fita foi mais uma vez rodada na zona natal da realizadora, Salta, como é hábito desta).
Será simplista, redutor e não fará jus nem ao talento nem às intenções de Lucrecia Martel, reduzir "A Mulher Sem Cabeça" a uma mera metáfora “social” (a burguesa que ficou insensível aos que lhe são inferiores, e é protegida pelos seus iguais das consequências de um possível atropelamento mortal). Digamos antes que este é um subtil, mesmerizante e notável filme “interior”, até ao final em consequente ponto de interrogação.
Sérgio Abranches, Time Out
18 março 2010
Algo vai mal na agenda do TAGV
[Recorte-TAGV]
"Todos reconhecem várias insuficiências na actual situação do programa do TAGV. Contudo, possibilidades de apoios financeiros perspectivam um novo horizonte para o teatro
As agendas do Teatro Académico Gil Vicente (TAGV) já não são as mesmas. E não apenas no seu aspecto físico. Há muito que vêm sucessivamente perdendo folhas, perdendo linhas e perdendo tamanho. Um reflexo da diminuição das próprias iniciativas. Actividades como as “Segundas TAGV” ou “Os livros ardem mal” desapareceram por completo, ao mesmo tempo que os grandes espectáculos comerciais começaram a ocupar mais espaço.
Assim acredita o docente da cadeira de Política e Programação Culturais, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, João Maria André. Para o também antigo director do teatro, “o TAGV não possui programação que passe por escolhas de temas ou conceitos, apenas acolhe propostas alheias”. A selecção vira-se então, no entender do docente, para as produções comerciais: “são estas que surgem com garantias de bilheteira e publicitação prévia”.
Foi há quase dois anos que o TAGV deixou a alçada directa da Universidade para se incluir na então gerada Fundação Cultural da Universidade de Coimbra (UC). E talvez resida aí a natureza desta nova política do teatro, como aponta o pró-reitor para a Cultura da UC, José António Bandeirinha. “Toda esta situação [de apostar em produções comerciais] é uma gestão de recurso, um período de transição, até ser definida uma estratégia pela fundação”. Estratégia que depende sempre dos apoios financeiros, cujas candidaturas decorrem actualmente.
Esta opinião é reiterada pela actual directora do TAGV, Isabel Nobre Vargues, que encontra na falta de apoios financeiros o fundamento da situação da programação. Contudo, adianta que estão já aprovadas duas candidaturas ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), cuja execução está para breve, e que se perspectiva uma nova candidatura em 2011. Estes apoios, crê Isabel Nobre Vargues, constituirão um novo alento para as perspectivas futuras da programação do TAGV.
Mais crítico, João Maria André defende que “só com uma mudança na filosofia da administração do teatro”, o TAGV poderá assumir o papel devido na comunidade. Esta mudança de política passará por “conferir maior autonomia de iniciativa à direcção do teatro”, conclui o docente.
Programação própria vai voltar
Contudo, nem só na falta de apoios financeiros residem as alterações à programação do TAGV. Isabel Nobre Vargues explica que o desaparecimento de iniciativas regulares do teatro, como os “Os livros ardem mal”, embora se deva em parte à necessidade de agendar despesas, partiu também dos próprios dinamizadores dos projectos. “Existe sempre a necessidade de fazer um intervalo”, comenta a directora do teatro, que espera o regresso da iniciativa.
Por outro lado, a readaptação programática de actividades próprias, como as sessões de cinema “Segundas TAGV”, foi resultado da aposta em projectos educativos. “O reforço nestes projectos levou a que muitas datas coincidissem”, explica a directora. Porém, Isabel Nobre Vargues adianta que estão já em marcha esforços para recuperar as iniciativas próprias."
Eva Queiroz de Matos e João Miranda, www.revistavialatina.com [15.03.2010]
"Todos reconhecem várias insuficiências na actual situação do programa do TAGV. Contudo, possibilidades de apoios financeiros perspectivam um novo horizonte para o teatro
As agendas do Teatro Académico Gil Vicente (TAGV) já não são as mesmas. E não apenas no seu aspecto físico. Há muito que vêm sucessivamente perdendo folhas, perdendo linhas e perdendo tamanho. Um reflexo da diminuição das próprias iniciativas. Actividades como as “Segundas TAGV” ou “Os livros ardem mal” desapareceram por completo, ao mesmo tempo que os grandes espectáculos comerciais começaram a ocupar mais espaço.
Assim acredita o docente da cadeira de Política e Programação Culturais, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, João Maria André. Para o também antigo director do teatro, “o TAGV não possui programação que passe por escolhas de temas ou conceitos, apenas acolhe propostas alheias”. A selecção vira-se então, no entender do docente, para as produções comerciais: “são estas que surgem com garantias de bilheteira e publicitação prévia”.
Foi há quase dois anos que o TAGV deixou a alçada directa da Universidade para se incluir na então gerada Fundação Cultural da Universidade de Coimbra (UC). E talvez resida aí a natureza desta nova política do teatro, como aponta o pró-reitor para a Cultura da UC, José António Bandeirinha. “Toda esta situação [de apostar em produções comerciais] é uma gestão de recurso, um período de transição, até ser definida uma estratégia pela fundação”. Estratégia que depende sempre dos apoios financeiros, cujas candidaturas decorrem actualmente.
Esta opinião é reiterada pela actual directora do TAGV, Isabel Nobre Vargues, que encontra na falta de apoios financeiros o fundamento da situação da programação. Contudo, adianta que estão já aprovadas duas candidaturas ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), cuja execução está para breve, e que se perspectiva uma nova candidatura em 2011. Estes apoios, crê Isabel Nobre Vargues, constituirão um novo alento para as perspectivas futuras da programação do TAGV.
Mais crítico, João Maria André defende que “só com uma mudança na filosofia da administração do teatro”, o TAGV poderá assumir o papel devido na comunidade. Esta mudança de política passará por “conferir maior autonomia de iniciativa à direcção do teatro”, conclui o docente.
Programação própria vai voltar
Contudo, nem só na falta de apoios financeiros residem as alterações à programação do TAGV. Isabel Nobre Vargues explica que o desaparecimento de iniciativas regulares do teatro, como os “Os livros ardem mal”, embora se deva em parte à necessidade de agendar despesas, partiu também dos próprios dinamizadores dos projectos. “Existe sempre a necessidade de fazer um intervalo”, comenta a directora do teatro, que espera o regresso da iniciativa.
Por outro lado, a readaptação programática de actividades próprias, como as sessões de cinema “Segundas TAGV”, foi resultado da aposta em projectos educativos. “O reforço nestes projectos levou a que muitas datas coincidissem”, explica a directora. Porém, Isabel Nobre Vargues adianta que estão já em marcha esforços para recuperar as iniciativas próprias."
Eva Queiroz de Matos e João Miranda, www.revistavialatina.com [15.03.2010]
Concerto "Experiência Internacional" [20 MAR 2010]
[Notícia-TAGV]
Concerto "Experiência Internacional"
20 de Março de 2010, 21h30
JOSÉ VALENTE Viola-d’arco
LUKAS KRAZELBINDER Contrabaixo
EDEN BAREKET Saxofone Barítono
RODRIGO PAREJO Flauta
MÁRIO COSTA Bateria
Direcção artística JOSÉ VALENTE
Organização e produção ASSOCIAÇÃO ARTE À PARTE
O conceito “EXPERIENCES OF TODAY”, iniciado pelo violetista José Valente enquanto vivia em Nova Iorque, tem como objectivo reunir músicos de diversos países e culturas, que desejam contribuir de forma significativa para o desenvolvimento da música, através de novas experiências. Durante o seu crescimento em Nova Iorque, “EXPERIENCES OF TODAY” conseguiu reunir cerca de 20 músicos de várias nacionalidades (desde Portugal à Turquia, Ucrânia, Áustria, Estados Unidos, Espanha, etc.), que interpretassem composições originais, representando assim opiniões e tradições diversificadas e explorando instrumentações pouco convencionais dentro da música improvisada (ex. Trio de Cordas e Voz, ou Secção Rítmica com Trio de Saxofones e Viola-d’arco).
O Ciclo “EXPERIENCES OF TODAY”, ao convidar numerosos artistas internacionais, tenta reforçar um intercâmbio entre Portugal e o Mundo e motivar esses mesmos artistas a reproduzir as suas diferenças e as suas emoções através da música. Este ciclo espera criar laços que se possam expandir para outras cidades e auditórios, e incentivar, cada vez mais músicos, a expressar a sua criatividade em Portugal. Para além do apelo insistente à originalidade, “EXPERIENCES OF TODAY” procura uma nova linguagem de intervenção, que alcance uma interpretação eficaz de sentimentos e pensamentos, sobre questões actuais da sociedade e do mundo.
Preçário
Normal_ 10,00€
Estudante_ 8,00€
Concerto "Experiência Internacional"
20 de Março de 2010, 21h30
JOSÉ VALENTE Viola-d’arco
LUKAS KRAZELBINDER Contrabaixo
EDEN BAREKET Saxofone Barítono
RODRIGO PAREJO Flauta
MÁRIO COSTA Bateria
Direcção artística JOSÉ VALENTE
Organização e produção ASSOCIAÇÃO ARTE À PARTE
O conceito “EXPERIENCES OF TODAY”, iniciado pelo violetista José Valente enquanto vivia em Nova Iorque, tem como objectivo reunir músicos de diversos países e culturas, que desejam contribuir de forma significativa para o desenvolvimento da música, através de novas experiências. Durante o seu crescimento em Nova Iorque, “EXPERIENCES OF TODAY” conseguiu reunir cerca de 20 músicos de várias nacionalidades (desde Portugal à Turquia, Ucrânia, Áustria, Estados Unidos, Espanha, etc.), que interpretassem composições originais, representando assim opiniões e tradições diversificadas e explorando instrumentações pouco convencionais dentro da música improvisada (ex. Trio de Cordas e Voz, ou Secção Rítmica com Trio de Saxofones e Viola-d’arco).
O Ciclo “EXPERIENCES OF TODAY”, ao convidar numerosos artistas internacionais, tenta reforçar um intercâmbio entre Portugal e o Mundo e motivar esses mesmos artistas a reproduzir as suas diferenças e as suas emoções através da música. Este ciclo espera criar laços que se possam expandir para outras cidades e auditórios, e incentivar, cada vez mais músicos, a expressar a sua criatividade em Portugal. Para além do apelo insistente à originalidade, “EXPERIENCES OF TODAY” procura uma nova linguagem de intervenção, que alcance uma interpretação eficaz de sentimentos e pensamentos, sobre questões actuais da sociedade e do mundo.
Preçário
Normal_ 10,00€
Estudante_ 8,00€
17 março 2010
16 março 2010
14 março 2010
Anaquim estreiam álbum [17 MAR 10]
[Notícia-TAGV]
Os Anaquim, grupo de Coimbra liderado por José Rebola, lançaram a 1 de Março o seu álbum de estreia, “As Vidas dos Outros”. Apresentam-no ao vivo no TAGV a 17 de Março, pelas 21h30.
Preço único_5€
Os Anaquim, grupo de Coimbra liderado por José Rebola, lançaram a 1 de Março o seu álbum de estreia, “As Vidas dos Outros”. Apresentam-no ao vivo no TAGV a 17 de Março, pelas 21h30.
Preço único_5€
09 março 2010
Legendary Tigerman apresenta "Femina" [13 MAR 10]
[Notícia-TAGV]
Legendary Tigerman apresenta Femina
13 de Março, Sábado, 21h30
Concerto comemorativo no 24º aniversário da Rádio Universidade de Coimbra, no âmbito da XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra - "Causa Pública – O Público e o Mediático"
Depois de “Naked Blues” (2001), “Fuck Christmas, I Got The Blues” (2003), “In Cold Blood” (2004) e “Masquerade” (2006), “Femina” (2009) é a mais recente afirmação de Legendary Tigerman, em que abandona as suas viagens solitárias e recorre ao universo feminino que, apesar de tudo, de forma explicita ou dissimulada, o tem acompanhado desde o álbum de estreia.
Asia Argento, Peaches, Lisa Kekaula, Becky Lee, Phoebe Killdeer, Rita Redshoes, Claúdia Efe, Maria de Medeiros, Mafalda Nascimento, Cibelle e Cais Sodré Cabaret materializam em "Femina" as canções de Tigerman.
O disco foi produzido por Paulo Furtado e Nelson Carvalho, num trabalho que envolveu gravações em várias cidades, de Lisboa a Nova Iorque, com passagem por Madrid, Barcelona, Roma, Paris, Berlim, Amsterdão, Bergen, Austin e Porto.
Organização Rádio Universidade de Coimbra
Preçário normal_ 12,00€; estudante_ 10,00€; sócios RUC_ 9,00€
Legendary Tigerman apresenta Femina
13 de Março, Sábado, 21h30
Concerto comemorativo no 24º aniversário da Rádio Universidade de Coimbra, no âmbito da XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra - "Causa Pública – O Público e o Mediático"
Depois de “Naked Blues” (2001), “Fuck Christmas, I Got The Blues” (2003), “In Cold Blood” (2004) e “Masquerade” (2006), “Femina” (2009) é a mais recente afirmação de Legendary Tigerman, em que abandona as suas viagens solitárias e recorre ao universo feminino que, apesar de tudo, de forma explicita ou dissimulada, o tem acompanhado desde o álbum de estreia.
Asia Argento, Peaches, Lisa Kekaula, Becky Lee, Phoebe Killdeer, Rita Redshoes, Claúdia Efe, Maria de Medeiros, Mafalda Nascimento, Cibelle e Cais Sodré Cabaret materializam em "Femina" as canções de Tigerman.
O disco foi produzido por Paulo Furtado e Nelson Carvalho, num trabalho que envolveu gravações em várias cidades, de Lisboa a Nova Iorque, com passagem por Madrid, Barcelona, Roma, Paris, Berlim, Amsterdão, Bergen, Austin e Porto.
Organização Rádio Universidade de Coimbra
Preçário normal_ 12,00€; estudante_ 10,00€; sócios RUC_ 9,00€